Busco sem convicção o fio desse dia para tentar tecer alguma coisa que, ao fim do dia, consta do absolutamente inútil, sem finalidade e dispensável de existir o que? O dia, esse dia, qualquer dia, todos os dias.
O que teço para não enlouquecer de vez, nem me dou ao trabalho de desfazer quando finda o dia deixo estar entre outros tantos.
Pilhas de dias inúteis atravancam minha sala, meu quarto, minha existência
e nem sabem que eu existo.
Sou dispensável como uma bota velha.
Texto e ilustração de Regina Amorim
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